Vejo muitos cristãos vivendo na superficialidade de tudo. Estamos sempre na superfície de algo, do trabalho, da escola, das relações e por aí vai.
Muitas vezes, talvez por medo, insegurança ou qualquer outro motivo vemos somente o que nos é oferecido e aquilo parece ser completamente suficiente.
Essa situação me lembra muito do mar, a primeira vez que o vemos pensamos: "é azul e imenso".
Se nos aproximamos um pouco, passamos a perceber detalhes e nosso interesse fica mais aguçado. Descobrimos que lá no fundo há muito mais, mas nos conformamos em ficar ali só observando. Porém se decidimos ir mais a fundo poderemos ver, literalmente, as belezas que estão escondidas no fundo do mar, reservadas para aqueles que tem a coragem de se aventurar!
É isso o que nos falta, menos teorias e mais práticas em nosso dia a dia. Temos que parar de observar, de ouvir falar, de ficar somente na parte rasa, porque só aqueles que se arriscam a mergulhar, a ir no fundo além da camada superficial verão maravilhas reservadas para poucos.
Cada ser é único e se conhece, meu conselho? Peguem sua superficialidade e a quebrem, ultrapassem o nível raso, mergulhem fundo, não se contentem!
Há um tempo escrevi um certo texto
e acredito que ele se encaixe no que tenho a dizer hoje, segue abaixo a transcrição:
“Uma
mesma palavra em três diferentes tempos pode mudar todo um contesto sem ter uma
só letra alterada.
DESCARTÁVEL...
Foi descartável, é descartável, será descartável...
Vivemos
em um mundo onde tudo, exatamente tudo é descartável. A comida, os objetos, a
natureza, mas principalmente o ser humano – em toda a sua complexidade. O ser
humano é o inicio, o meio e o fim de todos os descartes, desde a mais simples
necessidade, até a mais complexa das questões.
Descartamos
em ações, em palavras, em pensamentos... Descartamos amizades, familiares,
respeito e até casamentos. Descartamos, descartamos e descartamos como se nada
fosse importante, como se não houvesse valores...
Estamos
nós a procurar por nosso próprio ego-mor adormecido, ou estamos nos mesclando
em meio à sociedade para não nos sentirmos excluídos ou somos tão errôneos a
ponto de ignorar tudo e todos? Sem nos importar com o que vem e vai,
acostumados comtagsde validade, com duração cronometrada.
Não somos produtos, mas estamos nos preparando para estampar prateleiras de
supermercados.
A
questão é: será que descartamos tanto, a ponto de acreditar que não existe
absolutamente nada com demasiado valor, valor este capaz de nos fazer parar o
tempo, para que dure enquanto nossa existência acontece?
O
que nos faz acordar todos os dias, em meio ao sol ou a chuva, para enfrentar
pedras nos sapatos e areia nos olhos, para enfrentar a vida e as pessoas
complicadas, sendo que no final é tudo em torno do descartável?
Não
sei o que esperamos, mas imagino onde podemos chegar, ou talvez antes, até
possamos nos autodescartar.”
E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
[Mateus 24:12]
Eu andei pensando nisso, pensando no verdadeiro amor, não estou falando de relacionamentos, mas sim daquele amor que Jesus gostaria que tivéssemos, um amor capaz de nos fazer dar a vida por outro, um amor difícil, mas que tudo suporta e então percebi que os cristãos ainda não descobriram como viver esse amor. O mundo vive em trevas, eles não conhecem o amor que Deus nos disponibiliza, então como o amor deles poderia esfriar se eles nem ao menos o conhecem? Alguns podem não concordar, mas o amor que está esfriando é o dos cristãos, acordem igreja, nunca estivemos tão mesclados com o mundo como estamos agora, não adianta vendar os olhos e fingir que está tudo bem, porque NÃO ESTÁ! Estamos vivendo em meio a coisas descartáveis. Estamos só descartando e o preconceito dentro das igrejas chega a ser maior do que lá fora. Não sabemos como nos doar totalmente, se alguém não se encaixa em um determinado modelo de "cristão perfeito" (o cristão que fala em línguas, o cristão que é benigno, o cristão que não se irrita, que NÃO PECA e blá blá blá), nós simplesmente o descartamos ao invés de acima de tudo o amar e então ensina-lo a como ser melhor ao lado de Deus.
Jesus amou ladrões, prostitutas e assim por diante. Deus não chamou perfeitos, pelo contrário, ele chamou pecadores, tirou muitos da lama, muitos que não eram ABSOLUTAMENTE NADA, NÃO VALIAM NADA e o que ele fez? Os amou, e os moldou a sua imagem e semelhança. Se o próprio Deus, nosso grande e poderoso chefão fez isso, como ignorar e não fazer?
Falamos muito sobre amor, sobre amar, mas não amamos. Tem um verso de uma música que diz: "Aquelas três palavras são ditas demais, elas não são suficientes!".
O "Eu te amo" nunca foi tão inútil e fútil como agora, vamos nos voltar para o amor que Deus está tentando nos mostrar, vamos orar pedindo sabedoria para ver o verdadeiro amor e vive-lo, vamos parar de orar por bençãos e vida boa, porque elas de nada valem se nem ao menos conseguimos aprender o ABC!
Deixo vocês refletindo com o texto e com a letra dessa música maravilhoooosa. Amar é como entrar em uma casa e nunca mais sair, não importa o que aconteça, é algo pelo qual vale a pena lutar!
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;