quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

About Love

Há um tempo escrevi um certo texto e acredito que ele se encaixe no que tenho a dizer hoje, segue abaixo a transcrição:

“Uma mesma palavra em três diferentes tempos pode mudar todo um contesto sem ter uma só letra alterada.

DESCARTÁVEL... Foi descartável, é descartável, será descartável...

Vivemos em um mundo onde tudo, exatamente tudo é descartável. A comida, os objetos, a natureza, mas principalmente o ser humano – em toda a sua complexidade. O ser humano é o inicio, o meio e o fim de todos os descartes, desde a mais simples necessidade, até a mais complexa das questões.
Descartamos em ações, em palavras, em pensamentos... Descartamos amizades, familiares, respeito e até casamentos. Descartamos, descartamos e descartamos como se nada fosse importante, como se não houvesse valores...
Estamos nós a procurar por nosso próprio ego-mor adormecido, ou estamos nos mesclando em meio à sociedade para não nos sentirmos excluídos ou somos tão errôneos a ponto de ignorar tudo e todos? Sem nos importar com o que vem e vai, acostumados com tags de validade, com duração cronometrada. Não somos produtos, mas estamos nos preparando para estampar prateleiras de supermercados.
A questão é: será que descartamos tanto, a ponto de acreditar que não existe absolutamente nada com demasiado valor, valor este capaz de nos fazer parar o tempo, para que dure enquanto nossa existência acontece?
O que nos faz acordar todos os dias, em meio ao sol ou a chuva, para enfrentar pedras nos sapatos e areia nos olhos, para enfrentar a vida e as pessoas complicadas, sendo que no final é tudo em torno do descartável?


Não sei o que esperamos, mas imagino onde podemos chegar, ou talvez antes, até possamos nos autodescartar.”


E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. 
[Mateus 24:12]

Eu andei pensando nisso, pensando no verdadeiro amor, não estou falando de relacionamentos, mas sim daquele amor que Jesus gostaria que tivéssemos,  um amor capaz de nos fazer dar a vida por outro, um amor difícil, mas que tudo suporta e então percebi que os cristãos ainda não descobriram como viver esse amor. 

O mundo vive em trevas, eles não conhecem o amor que Deus nos disponibiliza, então como o amor deles poderia esfriar se eles nem ao menos o conhecem? Alguns podem não concordar, mas o amor que está esfriando é o dos cristãos, acordem igreja, nunca estivemos tão mesclados com o mundo como estamos agora, não adianta vendar os olhos e fingir que está tudo bem, porque NÃO ESTÁ! Estamos vivendo em meio a coisas descartáveis. Estamos só descartando e o preconceito dentro das igrejas chega a ser maior do que lá fora. 

Não sabemos como nos doar totalmente, se alguém não se encaixa em um determinado modelo de "cristão perfeito" (o cristão que fala em línguas, o cristão que é benigno, o cristão que não se irrita, que NÃO PECA e blá blá blá), nós simplesmente o descartamos ao invés de acima de tudo o amar e então ensina-lo a como ser melhor ao lado de Deus. 

Jesus amou ladrões, prostitutas e assim por diante. Deus não chamou perfeitos, pelo contrário, ele chamou pecadores, tirou muitos da lama, muitos que não eram ABSOLUTAMENTE NADA, NÃO VALIAM NADA e o que ele fez? Os amou, e os moldou a sua imagem e semelhança. Se o próprio Deus, nosso grande e poderoso chefão fez isso, como ignorar e não fazer?

Falamos muito sobre amor, sobre amar, mas não amamos. Tem um verso de uma música que diz:  "Aquelas três palavras são ditas demais, elas não são suficientes!".
O "Eu te amo" nunca foi tão inútil e fútil como agora, vamos nos voltar para o amor que Deus está tentando nos mostrar, vamos orar pedindo sabedoria para ver o verdadeiro amor e vive-lo, vamos parar de orar por bençãos e vida boa, porque elas de nada valem se nem ao menos conseguimos aprender o ABC!

Deixo vocês refletindo com o texto e com a letra dessa música maravilhoooosa. 
Amar é como entrar em uma casa e nunca mais sair, não importa o que aconteça, é algo pelo qual vale a pena lutar!




O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 
[1 Coríntios 13:4-7]


Que Deus abençoe!
Abraços


2 comentários:

  1. oláaaaa, belo texto, achei interessante.
    Eu so creio que tudo depende de algo que é a base, e essa base é: Relacionar com Deus e com o próximo, consequentemente.
    Relacionar com Deus é falar com Ele, sem qualquer ritualidade, sistematização e acreditar realmente nEle. Então, relacionar com Deus nao é estar em uma congregação, ter disciplinas espirituais, "Fazer a obra" .
    Amar o próximo:É primeiro se amar, ou seja, se conhecer(algo que poucos se conhecem, pq nao relacionam com Deus)e entender que é fraco, pobre, e foi alcançado pela graça, então, assim pode amar o próximo, pq se verá nele.
    É um assunto profundo, mas deixei minha opinião

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  2. Não discordo de você, mas quando escrevi este texto eu estava falando da maneira como Cristo nos ama e da maneira que ele nos ensina a amar, não quis dizer que no mundo não há amor, mas apenas que não é da mesma forma. Realmente é um assunto complexo, mas gostei do comentário, valeu! =)

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